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Carolina Borges

Trabalho para mães na prefeitura

Esse post é um pedido à prefeitura de São Paulo: criem vagas de emprego para as mães!


Atualmente, a prefeitura está contratando 10 mil estagiários para trabalhar de 4 a 6 horas por dia e receber entre 900 e 1400 reais. Veja mais informações aqui.


Queremos que seja criada uma política pública voltada para a contratação de mães, com jornada reduzida e com um valor que seja possível sustentar uma família.


Ano passado, em 2021, a prefeitura criou o POT Volta às Aulas e foi um sucesso de inscrições. Foram 90 mil mães inscritas para 4500 vagas. Atualmente, as mães trabalham na escola de seus filhos, no horário escolar, e ganham um salário mínimo. Apesar de ser um emprego precarizado, pois há poucos direitos trabalhistas, as mães se interessaram por estar num local perto de casa e no horário escolar.


A prefeitura de São Paulo tem também uma política pública, chamada “Tem Saída”, voltada para a contratação de mulheres vítimas de violência. Infelizmente é uma política pública que precisa melhorar muito para fazer sentido para mais mulheres. Os empregos geralmente possuem uma baixa remuneração, com uma jornada de trabalho extensa e nem sempre perto de casa.


O que queremos é que as mães, vítimas de violência ou não, conquistem sua independência financeira através de empregos não precarizados, com direitos trabalhistas, jornadas reduzidas, próximos às suas residências e que façam sentido para elas.

E queremos que a prefeitura de São Paulo seja um exemplo neste tipo de contratação.


O combate ao feminicídio precisa passar por empregos bem remunerados para as mães.


Considerar São Paulo uma "Cidade Inteligente", celebrando os prêmios internacionais sem olhar para as mães, é um tanto incoerente e mostra o quanto as mães são invisíveis ao poder público. Ficamos o dia todo levando e buscando crianças da escola, fazemos compras, vamos às unidades de saúde e ainda temos que gerar renda.


Precisamos que a maternidade seja vista e facilitada através de mais opções de mobilidade, isenção de tarifa para as mães que levam as crianças para a escola ou acompanhamento médico, mais espaços de lazer, esporte e cultura, ampliação no horário escolar, e tantas outras demandas.


Dia 19 de novembro é o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino. O que muitas pessoas enxergam como empreendedorismo, nós vemos como "desespero por gerar renda enquanto as crianças dormem ou estão na escola".


Nós, mães, merecemos ser reconhecidas e apoiadas pelos serviços públicos.


Precisamos de mais mães conscientes e engajadas ocupando os cargos públicos.


Aqui vão nossos pedidos:

Aline, Soninha, Fabrício e Ricardo, por favor, criem uma política pública voltada à contratação de mães no serviço público, com uma remuneração que faça sentido e que potencialize as mães. Um trabalho perto de casa, em horário escolar e com um bom retorno financeiro. Precisamos garantir a independência financeira das mães, para apoiá-las no término de relacionamentos abusivos e violentos, e assim garantir uma vida mais digna e próspera. 


Às mães, pedimos que compartilhem esse post em suas redes, de preferência marcando o prefeito, secretárias e  secretário relacionados. 


Como apoiar o Ocupa Mãe?

Existimos desde 2018, e está cada vez mais difícil continuar com o que fazemos de forma voluntária.


Esse post foi feito com base em muita pesquisa.

Muitas horas foram necessárias para que esse conteúdo existisse.

Muito trabalho prévio aconteceu para chegarmos até aqui.


Você pode nos apoiar comentando e divulgando nossos posts.


E, se for possível, apóie o Ocupa Mãe fazendo um pix, como reconhecimento do nosso esforço e como uma troca de energia.

Nossa chave é: ocupamae@gmail.com

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