Oficinas CNJ
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), através do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Servidores do Poder Judiciário (CEAJud), oferece alguns cursos voltados para mães e pais que estejam em processo de divórcio.
O coletivo "Mães na Luta" fez um post nas redes sociais trazendo alguns questionamentos sobre esses curso.
O curso chamado de "Oficina de Pais e Filhos" foi criado em 2016 e, segundo os documentos temos o seguinte objetivo:
"O trabalho pretende também prevenir a alienação parental, na medida em que procura conscientizar o casal que é importante para a criança conviver com ambos os pais, para que construa uma relação e forme por si uma imagem de cada um dos pais."
O segundo curso é chamado de “Oficina Pais e Mães”, de 2020, é acessado através deste link, e tem o seguinte o seguinte descritivo:
(...) Seja bem-vindo (a) à nossa Oficina de Pais e Mães, que foi criada para ajudá-lo (a) a entender melhor os efeitos da separação na sua vida e na de seu filho e, ainda, para dar-lhe algumas ideias de como ajudar a si próprio (a) e a seu filho a superar as dificuldades desta fase de mudança e a ter uma vida mais harmoniosa e feliz.
Mães que denunciaram violência doméstica estão sendo obrigadas a fazer essas oficinas/cursos.
O post do Mães na Luta traz algumas observações sobre esses cursos:
🔸️Não consta no objetivo a menção sobre violência doméstica e trata sobre SÍNDROME de alienação parental, uma síndrome sem reconhecimento científico, rejeitada pela OMS para fazer parte do CID
🔹️Por quê o CNJ mantém essa oficina vigente se o próprio CNS já recomendou sobre a falta de reconhecimento científico da síndrome da alienação parental e o banimento do uso do termo alienação parental em âmbito nacional?
🔺️Por quê tais oficinas continuam sendo adotadas em todos os tribunais desse país que ocupa o 5º lugar no ranking mundial de Feminicídios e violência doméstica? (Dados ACNUDH/ONU)
Relatos Recebidos sobre os cursos
Atualizado em 18 de junho de 2023
De forma espontânea, muitos relatos sobre esses cursos foram recebidos no post do instagram.
Fizemos um formulário para receber esses relatos para garantir anonimato para as mães.
Os relatos recebidos no post e no formulário estão reproduzidos abaixo:
Esperando pelo dia que vão fazer oficina para os juízes aprendam a aplicar o protocolo para julgamento com perspectiva de gênero!
Tive de fazer a Oficina, participar de sessões com outras mães. Estou como alienados mesmo tendo filmado meu ex e a companheira dele agredindo minha filha, pois a perícia afirma que foi apenas desespero de um pai amoroso. E está semana fui multada em 11.000 reais pela vara da Família de Santa Felicidade em Curitiba. Porque minha filha se recusa a ir com ele. Simplesmente deprimente.
As mães tem que fazer oficina e não os agressores? Meu Deus o judiciário segue atuando como copaticipe nas agressões.
Continuam nos queimando vivas, desde a idade média😢
Socorro!!! Que medieval o nosso judiciário... eles não sabem que o Brasil é dos países que mais matam mulheres e abusam de crianças?
Querem nos matar na unha.
Sim, infelizmente tenho recebido essa queixa via @institutotodasmarias
#revogalapjá! Absurdo ! Como decretam doença que a CNS não reconhece? É surreal o que está acontecendo no judiciário brasileiro! Agora ilações bastam ?
Vamos parar com essas oficinas? Vamos proibi-las? São pura violência institucional contra as mulheres!
Que absurdo!!! #revogalapjá
Falei não vou . Até hoje acho que estão atrás de mim 😮
Só falta fazer como as professoras de antigamente, lá na roça: obrigar a mãe a ajoelhar no milho e depois escrever 100 vezes a frase: "É minha obrigação fazer o meu filho gostar do genitor". Alô, @cnj_oficial, vocês não tem consultoria técnica de bons Psicólogos não? Querem o telefone de algumas Universidades que têm curso de Psicologia? Já ouviram falar na ONU? Atualiza, CNJ! #revogalapj